quinta-feira, 20 de maio de 2010

Tricolor Paulista nas semi da Libertadores, Santos na final da Copa do Brasil; Red


Ontem aconteceu o segundo jogo das quartas de final da Libertadores, entre São Paulo e Cruzeiro. Víamos o favoritismo do Tricolor graças ao resultado no Mineirão, podendo perder até por um gol de diferença. Em teoria, uma ótima vantagem.

Não foi diferente. O Tricolor jogou com uma superioridade tanto numérica quanto técnica contra o Cruzeiro, que parecia irreconhecível. Errava passes na intermediária, cedendo vários ataques e poderia ter tomado uma goleada se a pontaria tricolor estivesse mais afiada. Logo no primeiro tempo, Junior César, que voltou a jogar bem, fez uma grande jogada pela esquerda, se livrando de dois marcadores cruzeirenses e cruzando na medida para Hernanes abrir o placar. Cicinho, Marlos e Dagoberto ainda tiveram boas chances de ampliar o placar ainda no primeiro tempo. Fernandão já virou o amuleto para o futuro são-paulino na Libertadores dando uma bela assistência para o segundo gol, de Dagoberto, por cobertura. Uma pena que Marlos foi fominha em um belo lance individual e não passou a bola para o camisa 15, que poderia ter marcado seu primeiro gol com a camisa tricolor.

Analisando assim, até parece que o jogo foi impecável. E foi, tecnicamente, por parte do São Paulo.

Porém, um lance polêmico logo no primeiro minuto de jogo, gerou muitas discussões. Mais uma vez, envolvendo Kléber. O principal jogador do Cruzeiro.

Kléber é famoso por sua catimba e sua força (o apelido "Gladiador" caiu como uma luva), porém é muitas vezes desleal com os seus marcadores.

No caso de ontem, o lance com Richarlyson foi normal. Talvez passivo de um cartão amarelo, apenas. Porém, o histórico do Gladiador pesou contra ele próprio. O árbitro era Jorge Larrionda, o mesmo que havia expulsado Josué na decisão de 2006, entre o próprio São Paulo e o Inter, logo no começo do jogo. E Larrionda viu no lance um ato de agressão, expulsando de campo o atacante cruzeirense.

Claramente um excesso de critério, em tese. Mas o histórico pesou, sem dúvidas.

No fim das contas, o São Paulo passou pras semi-finais da Liberdadores, com propriedade. Espera os confrontos de hoje entre Estudiantes x Inter, em La Plata e Universidad Católica x Flamengo.

Na Vila, o Santos precisava reverter a vantagem contra o Grêmio. A semana foi repleta de provocações do lado gremista, elevando o futebol bruto gremista e diminuindo o futebol arte dos santistas.

Depois de um primeiro tempo morno, nervoso e sem muitas chances, vimos no segundo tempo um jogo bem a cara do atual Santos. Três golaços, três pinturas.

Ganso (o melhor jogador do país da atualidade, na humilde opinião deste blogueiro) acertou um petardo no ângulo de Victor, que nada pôde fazer. Golaço. 1x0 Santos.

Logo em seguida, André puxa um contra-ataque veloz e passa a bola para Robinho que, magistralmente, toca por cima do displicente e adiantadíssimo Victor. Golaço. 2x0 Santos.

Até aí, os "Meninos da Vila" já garantiam a vaga nas finais. Eis que, numa falta cobrada pela direita do ataque gremista, a bola é desviada. O goleiro Douglas espalma a bola nos pés de Rafael Marques. 2x1 Grêmio. O resultado levava o Grêmio para as finais.

Mas o Santos tinha Wesley, que numa grande jogada individual pela esquerda, se livra de dois gremistas (inclusive o goleiro Victor) e toca com primor para o fundo das redes. Golaço. 3x1 Santos. Era o gol da classificação.

O Santos ainda teve Edu Dracena expulso depois de se desentender com Jonas, também expulso. E o Grêmio ainda teve Rafael Marques expulso por falta dura.

Santos e Vitória farão a final da Copa do Brasil.

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A dica musical de hoje é, pra muitos, o disco mais influente do "progressive metal".

O King Crimson, liderado por Robert Fripp, é uma banda de rock progressivo que alia técnica e agressividade. É muito marcante por conta da guitarra de Fripp. Teve várias formações ao longo dos anos e o álbum "Red" teve a participação magistral de John Wetton e Bill Bruford.

A faixa-título "Red" abre o álbum. Uma introdução pesadíssima e envolvente. Inteiramente instrumental, traz a habilidade dos três músicos. É uma das mais belas músicas da banda. "Fallen Angel" é marcada pelo ótimo vocal de John Wetton. "One More Red Nightmare" é um petardo do início ao fim, destacando o excelente trabalho de Bill Bruford na bateria. "Providence" é uma daquelas músicas características do King Crimson em sua fase setentista. É um longo (e não menos genial) improviso do trio. Fechando o álbum temos a belíssima (talvez a mais bela da banda) música "Starless", que transpira um conforto e ao mesmo tempo uma agonia. Genial.

Indispensável para qualquer amante de música.

Trackist

1- Red (Fripp)
2- Fallen Angel (Fripp, Palmer-James, Wetton)
3- One More Red Nightmare (Fripp, Wetton)
4- Providence (Bruford, Cross, Fripp, Wetton)
5- Starless (Cross, Fripp, Palmer-James, Wetton)

Personnel

Robert Fripp - guitarra, mellotron
John Wetton - baixo, vocais
Bill Bruford - bateria, percussão

com participações de David Cross (violino), Mel Collins (saxofone), Ian McDonald (saxofone), Robin Miller (oboé), Mark Charig (clarinete).

http://www.4shared.com/file/hFvH89nD/King_Crimson_-_Red__1974_.htm


Divirtam-se!

\o

3 comentários:

  1. Cara, o 2x1 do Santos contra o Grêmio não classificava o Grêmio. Arruma ali!

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  2. ué, na transmissão falaram que classificava...

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  3. Não consigo perdoar o KC por Moonchild e Providence. Ambas cagaram seus respectivos discos.

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