domingo, 30 de maio de 2010

Santos cai diante do Corinthians: má fase?


Hoje, no Pacaembu, o Timão passou com propriedade pelos "Meninos da Vila". E a pergunta que paira no ar é: acabou o encanto dos meninos?

Claro que não. O fato é que o time santista tem falhas crônicas em seu setor defensivo. Enfrentou a melhor equipe do Brasileirão até o momento, que parece ter achado o jogador que faltava. O menino Bruno César.

Alguns dos principais jogadores do Santos acabaram se envolvendo em mais polêmicas por estes tempos. Alguns torcedores mais fanáticos até afirmam que os projetos pessoais dos atletas foi colocado à frente da equipe e esquecendo da grandeza do Santos, que o técnico Dorival Júnior não tem capacidade para comandar o time, dentre outras "cornetadas". Falou-se muito em falta de caráter por não suportarem a pressão.

Mas o que acontece é que o Santos não sabe se defender quando precisa, não tem jogadores para isso. É uma equipe que atua apenas com um cabeça-de-área, que sabe sair jogando com muita qualidade, mas que não é totalmente defensivo. Atua com dois ótimos e experientes zagueiros mas que estão em má fase que já dura um bom tempo, que talvez tenha sido ofuscada devido ao sucesso do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Essa é a grande falha santista. É um time que precisa estar com a bola constantemente; criando jogadas, atordoando seus adversários.

Não, não é culpa da irreverência. Muito menos das dancinhas e provocações. É que no outro lado, houve uma equipe que soube jogar e conter o ataque avassalador dos Meninos. Os garotos precisam ter pé no chão e saber que nem sempre vão ganhar. A derrota faz parte do futebol.

Mas uma coisa pode acontecer. Talvez entendamos o porque de o técnico Dunga não ter convocado Neymar e Ganso. Agora eles precisam de proteção, não de chicotadas.

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A dica musical de hoje é o power-trio inglês Back Door Slam, um blues rock cru e bem influenciado pelo Cream. Não deve nada às grandes bandas do gênero. Apresenta um trabalho de guitarras bem marcante, riffado. A cozinha é muito bem tocada, proporcionando essa liberdade para o guitarrista e vocalista Davy Knowles.

Excelente disco, altamente recomendável.

tracklist:

1- Come Home
2- Heavy on my Mind
3- Outside Woman Blues (Blind Joe Reynolds cover, eternizada pelo Cream)
4- Gotta Leave
5- Stay
6- Too Late
7- Takes a Real Man
8- It'll All Come Around
9- Too Good for Me
10- Roll Away
11- Real Man (bonus)

personnel:

Davy Knowles - guitarra, vocais
Adam Jones - baixo
Ross Doyle - bateria

http://www.divshare.com/download/1478540-7d1

divirtam-se!

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Tricolor Paulista nas semi da Libertadores, Santos na final da Copa do Brasil; Red


Ontem aconteceu o segundo jogo das quartas de final da Libertadores, entre São Paulo e Cruzeiro. Víamos o favoritismo do Tricolor graças ao resultado no Mineirão, podendo perder até por um gol de diferença. Em teoria, uma ótima vantagem.

Não foi diferente. O Tricolor jogou com uma superioridade tanto numérica quanto técnica contra o Cruzeiro, que parecia irreconhecível. Errava passes na intermediária, cedendo vários ataques e poderia ter tomado uma goleada se a pontaria tricolor estivesse mais afiada. Logo no primeiro tempo, Junior César, que voltou a jogar bem, fez uma grande jogada pela esquerda, se livrando de dois marcadores cruzeirenses e cruzando na medida para Hernanes abrir o placar. Cicinho, Marlos e Dagoberto ainda tiveram boas chances de ampliar o placar ainda no primeiro tempo. Fernandão já virou o amuleto para o futuro são-paulino na Libertadores dando uma bela assistência para o segundo gol, de Dagoberto, por cobertura. Uma pena que Marlos foi fominha em um belo lance individual e não passou a bola para o camisa 15, que poderia ter marcado seu primeiro gol com a camisa tricolor.

Analisando assim, até parece que o jogo foi impecável. E foi, tecnicamente, por parte do São Paulo.

Porém, um lance polêmico logo no primeiro minuto de jogo, gerou muitas discussões. Mais uma vez, envolvendo Kléber. O principal jogador do Cruzeiro.

Kléber é famoso por sua catimba e sua força (o apelido "Gladiador" caiu como uma luva), porém é muitas vezes desleal com os seus marcadores.

No caso de ontem, o lance com Richarlyson foi normal. Talvez passivo de um cartão amarelo, apenas. Porém, o histórico do Gladiador pesou contra ele próprio. O árbitro era Jorge Larrionda, o mesmo que havia expulsado Josué na decisão de 2006, entre o próprio São Paulo e o Inter, logo no começo do jogo. E Larrionda viu no lance um ato de agressão, expulsando de campo o atacante cruzeirense.

Claramente um excesso de critério, em tese. Mas o histórico pesou, sem dúvidas.

No fim das contas, o São Paulo passou pras semi-finais da Liberdadores, com propriedade. Espera os confrontos de hoje entre Estudiantes x Inter, em La Plata e Universidad Católica x Flamengo.

Na Vila, o Santos precisava reverter a vantagem contra o Grêmio. A semana foi repleta de provocações do lado gremista, elevando o futebol bruto gremista e diminuindo o futebol arte dos santistas.

Depois de um primeiro tempo morno, nervoso e sem muitas chances, vimos no segundo tempo um jogo bem a cara do atual Santos. Três golaços, três pinturas.

Ganso (o melhor jogador do país da atualidade, na humilde opinião deste blogueiro) acertou um petardo no ângulo de Victor, que nada pôde fazer. Golaço. 1x0 Santos.

Logo em seguida, André puxa um contra-ataque veloz e passa a bola para Robinho que, magistralmente, toca por cima do displicente e adiantadíssimo Victor. Golaço. 2x0 Santos.

Até aí, os "Meninos da Vila" já garantiam a vaga nas finais. Eis que, numa falta cobrada pela direita do ataque gremista, a bola é desviada. O goleiro Douglas espalma a bola nos pés de Rafael Marques. 2x1 Grêmio. O resultado levava o Grêmio para as finais.

Mas o Santos tinha Wesley, que numa grande jogada individual pela esquerda, se livra de dois gremistas (inclusive o goleiro Victor) e toca com primor para o fundo das redes. Golaço. 3x1 Santos. Era o gol da classificação.

O Santos ainda teve Edu Dracena expulso depois de se desentender com Jonas, também expulso. E o Grêmio ainda teve Rafael Marques expulso por falta dura.

Santos e Vitória farão a final da Copa do Brasil.

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A dica musical de hoje é, pra muitos, o disco mais influente do "progressive metal".

O King Crimson, liderado por Robert Fripp, é uma banda de rock progressivo que alia técnica e agressividade. É muito marcante por conta da guitarra de Fripp. Teve várias formações ao longo dos anos e o álbum "Red" teve a participação magistral de John Wetton e Bill Bruford.

A faixa-título "Red" abre o álbum. Uma introdução pesadíssima e envolvente. Inteiramente instrumental, traz a habilidade dos três músicos. É uma das mais belas músicas da banda. "Fallen Angel" é marcada pelo ótimo vocal de John Wetton. "One More Red Nightmare" é um petardo do início ao fim, destacando o excelente trabalho de Bill Bruford na bateria. "Providence" é uma daquelas músicas características do King Crimson em sua fase setentista. É um longo (e não menos genial) improviso do trio. Fechando o álbum temos a belíssima (talvez a mais bela da banda) música "Starless", que transpira um conforto e ao mesmo tempo uma agonia. Genial.

Indispensável para qualquer amante de música.

Trackist

1- Red (Fripp)
2- Fallen Angel (Fripp, Palmer-James, Wetton)
3- One More Red Nightmare (Fripp, Wetton)
4- Providence (Bruford, Cross, Fripp, Wetton)
5- Starless (Cross, Fripp, Palmer-James, Wetton)

Personnel

Robert Fripp - guitarra, mellotron
John Wetton - baixo, vocais
Bill Bruford - bateria, percussão

com participações de David Cross (violino), Mel Collins (saxofone), Ian McDonald (saxofone), Robin Miller (oboé), Mark Charig (clarinete).

http://www.4shared.com/file/hFvH89nD/King_Crimson_-_Red__1974_.htm


Divirtam-se!

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sábado, 15 de maio de 2010

A "Seledunga" e Axis: Bold as Love


Exatamente dois meses depois, recupero a senha do blog e a vontade de postar, hahaha!

Nesta terça, tivemos a convocação do técnico Dunga para a Copa do Mundo 2010, na África do Sul. E o que mais vimos foram as críticas ao critério e a coerência utilizadas pelo nosso técnico.

Dunga foi conciso ao afirmar que a Seleção é um trabalho de 4 anos e que não podia cometer os mesmos erros do fracasso em 2006, na Alemanha. Corretamente.

Porém, apesar de termos uma Seleção vitoriosa nesses 4 anos de trabalho, temos algumas perguntas mal respondidas com relação a alguns jogadores.

Na opinião deste blogueiro, a Seleção deveria ser um misto de trabalho e momento. E o que vemos são alguns fiéis escudeiros totalmente protegidos e intocáveis.

A minhas indagações principal para com a lista final são sobre a falta de versatilidade do nosso meio-campo e a lateral-esquerda. Temos mais volantes do que meias organizadores e armadores e dois laterais que atuam pela meia em seus clubes.

As únicas convocações que eu defendo no nosso meio-campo são Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano, Ramires, Kaká e Júlio Baptista. Principalmente a do Júlio Baptista, que pode sim ser o reserva de Kaká numa eventual contusão do nosso craque. Júlio resolveu em praticamente todas as vezes em que precisou ser utilizado, principalmente na conquista da desacreditada Copa América.

Porém, Josué e Kleberson não me trazem confiança alguma. Os dois não são sombra do que já foram. Principalmente Kleberson, que há muito não joga bem e muito menos mantém uma regularidade. Josué é compreensível quando entramos no mérito do comprometimento e confiança de Dunga, mas ainda assim não traz confiança.

A maior questão da convocação de dois veteranos é o porque do Dunga não ter confiado no trabalho de Hernanes e Lucas. Principalmente no trabalho do Lucas, que vinha sendo convocado quase que sempre.

Já na lateral, temos mais incoerência ainda. Certa vez, Dunga afirmou que só convocaria jogadores que atuassem nessa posição, deixando claro que jogadores que já atuaram na lateral e foram para a meia não seriam convocados. E o que vimos foram dois jogadores que atuam na meia sendo convocados para a lateral. Gilberto, veterano, não vem justificando em nada sua convocação. A última grande sequência do atleta foi na Libertadores do ano passado e uma parte do Brasileirão do ano passado. Michel Bastos atua como ponta-direita no Lyon, há muito não joga na lateral. E o Marcelo, do Real Madrid? É muito mais jogador que os dois e, mesmo tendo feito uma excelente Olimpíada (assim como o Hernanes), não apareceu mais nas listas de convocação de Dunga.

Não discuto a não convocação dos meninos Ganso e Neymar. Dunga foi contundente e muito coerente na sua declaração sobre os dois. Ganso não fez um Mundial Sub-20 tão bom quanto pintam e jogar uma responsabilidade dessas no ombro do garoto não seria uma boa idéia. Já Neymar, bem, esse ainda precisa amadurecer.

No geral, foi uma boa convocação e fiquei muito feliz em ver o Grafite na lista.


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A dica musical de hoje é bem especial.
Jimi Hendrix, o maior guitarrista que esse mundo já viu.
"Axis: Bold as Love" é o segundo álbum de estúdio, combina a psicodelia característica de Jimi Hendrix com sua habilidade indiscutível com a sua Fender Stratocaster.
É um álbum mais maduro com relação ao Are You Experienced.
Têm vários hits eternizados, dentre eles "Little Wing" (talvez, a melhor composição do Hendrix), "Spanish Castle Magic" e "Castles Made of Sand".
Um petardo do início ao fim, é obrigatório na coleção de qualquer pessoa que curta música.

The Jimi Hendrix Experience - Axis: Bold as Love

1- EXP
2- Up from the Skies
3- Spanish Castle Magic
4- Wait Until Tomorrow
5- Ain't no Tellin'
6- Little Wing
7- If 6 was 9
8- You Got Me Floatin'
9- Castles Made of Sand
10- She's so Fine (composição e vocais de Noel Redding)
11- One Rainy Wish
12- Little Miss Lover
13- Bold As Love

Jimi Hendrix: guitarra, vocais, baixo, piano e flauta
Mitch Mitchell: bateria, megalofone
Noel Redding: baixo e vocais (vocais em "She's so Fine")

http://www.4shared.com/file/_OsvCEuL/1967_-_Axis_-_Bold_As_Love.htm

divirtam-se!

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