sexta-feira, 20 de maio de 2011

O que te falta, Música, para voltar a ser música?

A música, mais especificamente o rock, vem sofrendo várias mutações nos últimos anos. O famoso "do it yourself" vem tomando qualquer mente de qualquer aspirante a músico que aparece no mundo.

O resultado está aí. Escancarado. O "do it yourself" foi banalizado, só está maquiado, engomado, bonitinho; é fazer o melhor vídeo, escrever a pior melodia e recitar a obviedade. Hoje, o que a indústria musical incentiva é motivo de riso, riso de desespero, qualquer ser que possui uma câmera e bons contatos consegue fazer um vídeo viral que se espalha pela internet com a alcunha de ser revolucionário, reinvenção. Não basta mais ser músico, estudar por anos para dominar um instrumento, é perda de tempo. O marketing tomou conta. Estragou. Limitou.

A música deixou de ser música. Virou um circo, uma brincadeira de crianças novas e crianças velhas. Ninguém mais se interessa por aprender a entender o que é uma música.

Depois ainda questionam o porquê do mundo andar tão amargo.


sábado, 30 de abril de 2011

Mais uma vez, Santos domina o pragmático São Paulo


O Santos acaba de calar o Morumbi mais uma vez. Em duas jogadas características de seus três craques, o São Paulo sucumbiu à genialidade santista. Muito por conta do grande Muricy Ramalho, que sacou Zé Eduardo no intervalo do jogo para a entrada de Bruno Aguiar, montando assim um esquema com três zagueiros e liberando os alas e adiantando Elano. Foi um nó tático perfeito num São Paulo que havia sido mais perigoso no primeiro tempo.

Mas a intenção principal do post é tentar analisar o que se passa na cabeça do técnico tricolor Paulo César Carpegiani.

Nos últimos jogos, era notável a falta que Lucas fazia na criação de jogadas ofensivas. A equipe tricolor vinha jogando com dois jogadores "de segundo tempo", Marlos e Ilsinho; que vinham bem, justiça seja feita. Mas foram adversários bem inferiores a um Santos.

É notável há um bom tempo que a principal característica do São Paulo de Carpegiani é o contra-ataque em velocidade. 3-5-2 se tornando um 4-3-3 com um Rhodolfo de falso lateral-direito e Lucas coordenando as jogadas para um Dagoberto inspiradíssimo nesse início de temporada. Também é notável o principal defeito do time: a falta de um meio de campo consistente, apesar da grande fase de Carlinhos Paraíba.

Carpegiani tem um já velho Rivaldo como opção. Todos sabem que não é o mesmo Rivaldo dos tempos áureos, mas é o Rivaldo. Rivaldo esse que sempre que entra no segundo tempo, para jogar seus 20 ou 25 minutos, sempre cria pelo menos uma jogada de perigo. Por quê, então, não dar um crédito a ele? Por que viver num pragmatismo dunguístico de sempre ter que entrar com três volantes? Por que não um Rivaldo para comandar as jogadas de ataque, segurar a bola quando necessário? Por que não ser diferente? Carpegiani prefere responder com uma equipe que vive de balões para o ataque, esperando que, com sorte, a bola caia nos pés do iluminado Dagoberto. Isso, com todo o respeito, é coisa de time pequeno.

Hoje, Muricy deu uma aula tática para Carpegiani. Resta saber se o técnico vai ter peito de assumir que precisa ousar mais. A Copa do Brasil está aí, e está ficando mais complicada.

sábado, 18 de setembro de 2010

Neymar e suas polêmicas; Jeff Beck e sua obra prima.


Nesta última quarta o Santos recebeu o Atlético-GO na Vila Belmiro. Começou perdendo por 2 gols de diferença e buscou a virada, marcando 4 gols no segundo tempo. Um belo jogo, não fosse o destempero de Neymar para com a comissão técnica e seus companheiros. Neymar, que é a grande promessa do futebol brasileiro na atualidade, irritou-se ao receber a ordem do técnico Dorival Júnior preterindo-o na cobrança do pênalti, que foi convertido pelo atacante Marcel. Neymar ainda discutiria com o capitão Edu Dracena durante a partida.

O jovem atacante, que quase iniciara uma briga com o volante João , vem sendo alvo de muitas polêmicas. Depois de sua conturbada permanência na equipe santista, recusando uma proposta do Chelsea, Neymar tem se mostrado frustrado e até deixando de apresentar aquele futebol alegre e moleque do primeiro semestre.

Na humilde opinião deste blogueiro que vos fala, Neymar está se sentindo o "reizinho" da Vila. Não condeno a irreverência de seu futebol, apesar de não gostar da molecagem exagerada, mas o desrespeito com a comissão técnica e a entidade que paga seu salário é absolutamente condenável. Deveria lembrar-se que é apenas um jogador de futebol que ainda tem uma reputação a ser construída, que não pode se colocar no trono e achar que pode mandar e desmandar com birras bobas, que o futebol é muito maior e muito mais difícil que sua habilidade. O seu empresário Wagner Ribeiro, que é conhecido por sua arrogância, tem deixado claro por seus atos que influencia demasiadamente no psicológico do atacante, parecendo até ter mais autoridade do que o próprio pai de Neymar. Isso é grave e a família do jogador tem que tomar uma atitude, não é possível que a família de Neymar tenha sido tão falha na educação do jovem. Partilho sim da opinião do técnico Renê Simões, que deu uma forte declaração após a partida contra o Santos e, posteriormente, viria a ser "humilhado" por Wagner Ribeiro.

Neymar foi suspenso hoje por 15 dias pela comissão técnica. Pelo bem do Santos e pelo bem do próprio Neymar.

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"Blow by Blow", do renomado guitarrista inglês Jeff Beck, é uma obra-de-arte. Dono de uma técnica extremamente peculiar alternando entre dedilhados e palhetas, trafega entre o Blues e o Jazz Fusion com suas composições (como "Air Blower" e "Scatterbrain") e releituras ("She's a Woman" dos Beatles, "'Cause We've Ended as Lovers" do Stewie Wonder e "Diamond Dust" de Bernie Holland) com maestria. Foi produzido pelo genial George Martin, famoso produtor dos Beatles, que inclusive fez o arranjo de cordas em "Scatterbrain" e "Diamond Dust". Disco altamente obrigatório em qualquer coleção dos amantes da música.

tracklist:

1- You Know What I Mean
2- She's a Woman (Lennon/McCartney)
3- Constipated Duck
4- Air Blower
5- Scatterbrain
6- 'Cause We've Ended as Lovers (Stewie Wonder)
7- Freeway Jam
8- Diamond Dust (Bernie Holland)

personnel:

Jeff Beck - guitarra;
Phil Chen - baixo;
Max Middleton - teclados;
Richard Bailey - bateria e percussão.

participação de Stewie Wonder nos teclados.

link: http://www.4shared.com/file/5MXn9HuE/1975_-_Blow_by_Blow.html

divirtam-se.

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Mastodon - Crack The Skye



"Crack The Skye" é um álbum conceitual da banda americana Mastodon. Um álbum mais maduro e até, digamos, progressivo tendo em vista as influências do quarteto formado por Brent Hinds (guitarra solo, vocais), Troy Sanders (baixo, vocais), Bill Kelliher (guitarra base, vocais) e Brann Dailor (bateria, vocais).

Traz um conceito muito interessante sobre uma criança paraplégica que utilizava as famosas viagens astrais como um meio de transitar sem a sua limitação física. Numa dessas viagens o seu espírito chega muito perto do Sol, assim como Ícaro, e consequentemente derretendo o cordão ligado ao seu plexo solar (no Hinduísmo, o plexo solar é tido como um chacra chamado "Manipura"). Então o espírito da criança fica perdida no espaço, sendo então sugada por um "buraco de minhoca" (que é um atalho, segundo a física, entre o espaço e o tempo
) e indo para o Reino dos Espíritos, onde descobre que não está morta. O espírito é enviado para os cultos russos do século XVI como uma forma de divinação e tornando conhecida sua vontade de voltar para seu corpo. Então sua alma é colocada no corpo de Rasputin (famoso místico russo que ajudou a queda do império da dinastia de Romanov), que tenta usurpar o Czar e sendo assassinado. As almas então entram em uma fenda no espaço e Rasputin se encarrega em levar o espírito do paraplégico de volta para seu corpo, pois os pais descobriram o corpo em estado vegetativo e pensam que a morte havia chegado para ele. Porém, Lucifer tenta se apossar das duas almas, em vão.

"Crack The Skye" é, também, uma homenagem à irmã de Brann Dailor, Skye Dailor, que cometeu suicídio aos 14 anos.

tracklist:

1- Oblivion
2- Divinations
3- Quintessence
4- The Czar
5- Ghost of Karelia
6- Crack The Skye
7- The Last Baron

personnel:

Brent Hinds (guitarra, vocais)
Troy Sanders (baixo, vocais)
Bill Kelliher (guitarra, vocais)
Brann Dailor (bateria, vocais)

participação de Scott Kelly, Neurosis (vocais em "Crack The Skye")

link: http://www.4shared.com/file/kJ88DY4H/2009_-_Crack_the_Skye.html

UHUL! \o

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Demon Fuzz - Afreaka!


O Demon Fuzz foi uma banda britânica que misturou ritmos africanos com rock, jazz, blues e muita psicodelia. Composta por 6 integrantes com afrodescendência, lançou apenas um disco, "Afreaka!", em 1970.
Trata-se de um disco fenomenal e obscuro, cheio de groove. Contém a maravilhosa cover da já clássica "I Put a Spell on You", de Screamin' Jay Hawkins (na opinião deste blogueiro que vos fala, a melhor versão).

Ótimo disco para se ouvir a qualquer hora do dia.

Tracklist:

1- Past, Present and Future
2- Disillusioned Man
3- Another Country
4- Hymn to Mother Earth
5- Mercy (Variation No.1)
6- I Put a Spell on You (bonus)
7- Message to Mankind (bonus)
8- Fuzz Oriental Blues (bonus)

Link:
http://www.mediafire.com/?0jnt33abknl

Post dedicado à Gabs! :*

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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Fim da Copa para os selecionados de Dunga

Acabou hoje a Copa para a Seleção Brasileira. Vergonhosamente. É meio impossível falar com a razão e esquecer o coração nesse momento.

A Seleção, hoje, mostrou claramente que não foi uma seleção dos melhores de seu país. Mostrou que, na primeira dificuldade real que encontrou pela frente, não tinha elenco suficiente para suportar a pressão. Vimos que não adiantava improvisar um lateral na meia direita, confiar em um louco que perde a cabeça num piscar de olhos, que nosso melhor jogador não tinha reais condições de jogo. A Seleção não jogou como o Brasil joga.

Temos, obviamente, que observar o lado bom dessa eliminação para a Holanda. Holanda essa que jogou como uma Argentina, catimbando desde o primeiro minuto e jogou com um árbitro conivente com essa catimba.

O lado bom disso tudo é que hoje sabemos que não somos intocáveis, que não foi culpa da imprensa. Comprometimento foi uma palavra muito dita ao longo desses 4 anos da era Dunga. Os jogadores se comprometeram, não há dúvida. Mas, claramente, 70% dos jogadores não deviam estar na Copa. Deve ser duro olhar para o banco de reservas e encontrar um Josué decadente, um Kléberson aleatoriamente colado.

Tomara que aprendam com os erros desta participação na África do Sul. Erros que, ironicamente, nos deram o mesmo gosto amargo de 4 anos atrás. Erros que nosso técnico cuidou (cuidou?) para que não fossem cometidos novamente.

Essa não foi a Copa da arrogância, assim como 4 anos atrás não foi a Copa da festa.

Parabéns, Holanda. Que ganhe o teu merecido título.


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Excepcionalmente, neste post não haverá a dica musical.

domingo, 30 de maio de 2010

Santos cai diante do Corinthians: má fase?


Hoje, no Pacaembu, o Timão passou com propriedade pelos "Meninos da Vila". E a pergunta que paira no ar é: acabou o encanto dos meninos?

Claro que não. O fato é que o time santista tem falhas crônicas em seu setor defensivo. Enfrentou a melhor equipe do Brasileirão até o momento, que parece ter achado o jogador que faltava. O menino Bruno César.

Alguns dos principais jogadores do Santos acabaram se envolvendo em mais polêmicas por estes tempos. Alguns torcedores mais fanáticos até afirmam que os projetos pessoais dos atletas foi colocado à frente da equipe e esquecendo da grandeza do Santos, que o técnico Dorival Júnior não tem capacidade para comandar o time, dentre outras "cornetadas". Falou-se muito em falta de caráter por não suportarem a pressão.

Mas o que acontece é que o Santos não sabe se defender quando precisa, não tem jogadores para isso. É uma equipe que atua apenas com um cabeça-de-área, que sabe sair jogando com muita qualidade, mas que não é totalmente defensivo. Atua com dois ótimos e experientes zagueiros mas que estão em má fase que já dura um bom tempo, que talvez tenha sido ofuscada devido ao sucesso do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Essa é a grande falha santista. É um time que precisa estar com a bola constantemente; criando jogadas, atordoando seus adversários.

Não, não é culpa da irreverência. Muito menos das dancinhas e provocações. É que no outro lado, houve uma equipe que soube jogar e conter o ataque avassalador dos Meninos. Os garotos precisam ter pé no chão e saber que nem sempre vão ganhar. A derrota faz parte do futebol.

Mas uma coisa pode acontecer. Talvez entendamos o porque de o técnico Dunga não ter convocado Neymar e Ganso. Agora eles precisam de proteção, não de chicotadas.

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A dica musical de hoje é o power-trio inglês Back Door Slam, um blues rock cru e bem influenciado pelo Cream. Não deve nada às grandes bandas do gênero. Apresenta um trabalho de guitarras bem marcante, riffado. A cozinha é muito bem tocada, proporcionando essa liberdade para o guitarrista e vocalista Davy Knowles.

Excelente disco, altamente recomendável.

tracklist:

1- Come Home
2- Heavy on my Mind
3- Outside Woman Blues (Blind Joe Reynolds cover, eternizada pelo Cream)
4- Gotta Leave
5- Stay
6- Too Late
7- Takes a Real Man
8- It'll All Come Around
9- Too Good for Me
10- Roll Away
11- Real Man (bonus)

personnel:

Davy Knowles - guitarra, vocais
Adam Jones - baixo
Ross Doyle - bateria

http://www.divshare.com/download/1478540-7d1

divirtam-se!

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